sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Relicário

O meu relicário já não trago mais junto ao peito. Abandonei-o em um diário que cuidadosamente tinha feito. Nas folhas brancas,as tortas linhas imaginárias estão carregadas de confissões. As letras trêmulas e por causa das lágrimas,alguns borrões. Versos inacabados,tiveram o seu final apagados. Muitas são as reticências procurando um suave encaixe. Esperando o sonhado final feliz. Os contos de dor são extensos,ocupam as páginas de uma amante aprendiz. Amante amadora. Sua fotografia em meio as folhas é a lembrança mais duradoura. Nela teu sorriso nunca finda e o teu olhar me dá boas -vindas. Boas vindas ao teu coração. Só não me avisaste que por lá ficaria presa. Uma menina indefesa. Presa oara sempre em ti. Presa como uma fotografia em miniatura no seu relicário.

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