quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Doce manhã de domingo

            Era uma preguiçosa manhã de domingo, com aquele típico sol das nove horas. Um sol tímido, sugerindo um dia entediante para se passar esparramado em uma cama de lençóis sobrepostos. A fronha já na metade do travesseiro, os meus quase inseparáveis ursinhos de pelúcia - Sim,aqueles que guardo cuidadosamente desde a infância - . 
           Eu só precisava de algum motivo (nem precisava ser um motivo assim tão bom) pra me levantar. A monotonia daquela manhã me invadiu de uma maneira tão intensa,nem ao menos lembrava o que tinha para fazer. Uma estranha ansiedade esperando que o telefone não tocasse. Não queria ouvir ninguém, queria o acaso, o silêncio , uma pseudo paz. Mesmo que somente naqueles instantes.
           Uma xícara de café na cabeceira e eu alternando meus movimentos entre degustar uns goles aleatoriamente , enquanto ouvia a minha própria voz na mente ao ler aquele livro que você tinha me dado. O relógio virado para a parede,com difícil acesso para que eu pudesse não me sentir tentada a olhar as horas. A última coisa que lembro é que era uma manhã de domingo,um domingo comum.

         

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